"Eu estou à procura do máximo de comunicação com o mínimo de elementos."
É com esse lema que o artista Noma Bar define a ideia que conduz suas obras, que já ilustraram capas de revistas como The Economist, The Observer e Time Out London, e também foram publicadas nos livros Guess Who: The Many Faces of Noma Bar (2008) e Negative Space (2009).

Noma Bar é um israelense formado em design gráfico e tipografia pela Bezalel Academy of Art & Design. Seu trabalho é caracterizado pelo uso de poucos elementos, mas que, unidos em perfeita síntese, traduzem uma ideia forte e clara. Com apenas algumas formas, cores, contrastes, espaços negativos e não mais que dois ou três elementos gráficos, ele é capaz de representar uma pessoa, ou trazer à tona uma crítica social ou política. Tudo isso com uma pitada de humor, um fator que o próprio Bar considera essencial em seu trabalho - não é à toa que,
em uma excelente entrevista ao site Grain Edit, o designer declara seu favoritismo por filmes mudos e comédias.
"Sou um comediante visual, gráfico. [...] Precisa ser engraçado. Precisa trazer um sorriso. Esse tipo de emoção é muito importante.", diz ele sobre suas ilustrações. Todo o minimalismo da obra de Bar sofre influências diretas da Escola de Bauhaus, e é baseado especialmente na Teoria de Gestalt.

Para se ter uma ideia, esse interesse por uma produção baseada em pictogramas e caricaturas já vem desde a infância: durante a Guerra do Golfo, Noma Bar desenhou as feições de Saddam Hussein em torno de um símbolo de radioatividade encontrado no jornal, enquanto estava escondido com a família em um abrigo.
Vale a pena apreciar as obras desse artista (o portfólio dele encontra-se disponível
aqui), e observar como, com tão pouco, Noma Bar consegue dizer muito - desde captar o espírito de alguém até demonstrar claramente posições ideológicas e políticas.
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