Não fui sozinho, fui acompanhado de alguns
amigos de vários outros países. Um deles é um rapaz Cubano que pretendia
assistir um documentário sobre um tipo de música típico de seu país, o Son (não falarei nada sobre esse estilo).
Fazia pouco tempo que eu tinha chego aqui, e como
raramente saímos para fazer algo de legal, a ley de Murphy exige que chova
quando isso acontece, e não deu outra. Praticamente caiu o mundo, mas não foi nada que
nos impedisse de chegar ao cinema. Chegamos, e por mais que estivéssemos
ensopados, não foi o suficiente para afogar nossos ânimos. Principalmente
depois que os documentários começaram e se mostraram acima daquilo que
esperávamos, deu para aprender muita coisa não apenas de Cuba, mas principalmente
para conhecer sobre o Brasil.
O documentário do Brasil que assistimos se
tratava da Bossa Nova. O nascimento da Bossa Nova, contada pelos próprios
fundadores do chamado “Movimento Bossa Nova”, com Roberto Menescal, João
Donato, entre outros. É chamado Movimento Bossa Nova, mas eles mesmo não
consideram a Bossa Nova como movimento. “Bossa Nova
não pode ser considerado um movimento, pois os movimentos têm uma finalidade e
é fato de caso pensado, a Bossa Nova foi simplesmente nasceu (nota: não foi criada) da necessidade de mudar um pouco a cara do
cenário musical da época, mas por gosto próprio, não com intuíto de causar
mudanças…”. Essa foi mais ou menos a frase de um dos
intrevistados no documentário que infelizmente não consegui anotar seu nome.
O curta se chama: “Isso é Bossa Nova, As
histórias e estórias”. Contou como o estilo nasceu através do amor pela música
e pela simplicidade dos artistas envolvidos. O grande nome sem sombra de dúvida
era Vinicius de Moraes, que segundo todos era um “paizão” ao qual todos gostariam de ser iguais.
Aconselho fortemente o documentário para quem quiser
conhecer melhor sobre o estilo e consequentemente um pouco da história musical
do país, pois é mais do qe evidente que através do que foi apresentado no texto não é possível descobrir
muita coisa.
Sei dizer que a sessão estava lotada e as
pessoas que foram alí não saíram
arrependidas.
É claro que nem mesmo eu saí arrependido, na verdade saí certeza mais reforçada que no
Brasil tem muita gente boa e capaz que infelizmente não têm o reconhecimento e
as oportunidades que merecem.
Durante todo o filme ficou evidente a dificuldade que eles tinham de ganhar dinheiro com música, além do preconceito que enfrentaram. Isso é um problema que muitos enfrentam ainda hoje para quem deseja viver de arte. Espero que um dia isso mude. Espero que o Sumo de nossa arte seja mais apreciado...
Durante todo o filme ficou evidente a dificuldade que eles tinham de ganhar dinheiro com música, além do preconceito que enfrentaram. Isso é um problema que muitos enfrentam ainda hoje para quem deseja viver de arte. Espero que um dia isso mude. Espero que o Sumo de nossa arte seja mais apreciado...
“Cena do
documentário Isso é Bossa Nova, A histórias e estórias,
exibido no cinema de Firenze.”
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