27 setembro, 2011

Bossa Nova em Florença

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No ano passado fui para Florença (Itália) assistir uma amostra de filmes sobre a cultura de vários países, dentre eles o Brasil.
Não fui sozinho, fui acompanhado de alguns amigos de vários outros países. Um deles é um rapaz Cubano que pretendia assistir um documentário sobre um tipo de música típico de seu país, o Son (não falarei nada sobre esse estilo).

Fazia pouco tempo que eu tinha chego aqui, e como raramente saímos para fazer algo de legal, a ley de Murphy exige que chova quando isso acontece, e não deu outra. Praticamente caiu o mundo, mas não foi nada que nos impedisse de chegar ao cinema. Chegamos, e por mais que estivéssemos ensopados, não foi o suficiente para afogar nossos ânimos. Principalmente depois que os documentários começaram e se mostraram acima daquilo que esperávamos, deu para aprender muita coisa não apenas de Cuba, mas principalmente para conhecer sobre o Brasil.

O documentário do Brasil que assistimos se tratava da Bossa Nova. O nascimento da Bossa Nova, contada pelos próprios fundadores do chamado “Movimento Bossa Nova”, com Roberto Menescal, João Donato, entre outros. É chamado Movimento Bossa Nova, mas eles mesmo não consideram a Bossa Nova como movimento. “Bossa Nova não pode ser considerado um movimento, pois os movimentos têm uma finalidade e é fato de caso pensado, a Bossa Nova foi simplesmente nasceu (nota: não foi criada) da necessidade de mudar um pouco a cara do cenário musical da época, mas por gosto próprio, não com intuíto de causar mudanças…”. Essa foi mais ou menos a frase de um dos intrevistados no documentário que infelizmente não consegui anotar seu nome.

O curta se chama: “Isso é Bossa Nova, As histórias e estórias”. Contou como o estilo nasceu através do amor pela música e pela simplicidade dos artistas envolvidos. O grande nome sem sombra de dúvida era Vinicius de Moraes, que segundo todos era um “paizão” ao qual todos gostariam de ser iguais.

Aconselho fortemente o documentário para quem quiser conhecer melhor sobre o estilo e consequentemente um pouco da história musical do país, pois é mais do qe evidente que através do que foi apresentado no texto não é possível descobrir muita coisa.

Sei dizer que a sessão estava lotada e as pessoas que foram  alí não saíram arrependidas.
É claro que nem mesmo eu saí arrependido, na verdade saí certeza mais reforçada que no Brasil tem muita gente boa e capaz que infelizmente não têm o reconhecimento e as oportunidades que merecem.


Durante todo o filme ficou evidente a dificuldade que eles tinham de ganhar dinheiro com música, além do preconceito que enfrentaram. Isso é um problema que muitos enfrentam ainda hoje para quem deseja viver de arte. Espero que um dia isso mude. Espero que o Sumo de nossa arte seja mais apreciado...






“Cena do documentário Isso é Bossa Nova, A histórias e estórias
exibido no cinema de Firenze.”
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Escrito por

Produtora cultural, blogueira, nômade urbana e autodidata.

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